Caroline Polachek: “Ocean of Tears” / “Parachute”

/ Por: Cleber Facchi 24/07/2019

Vozes carregadas de efeitos, sintetizadores marcados pelas texturas e nuances atmosféricas, batidas tortas e versos consumidos pela força dos sentimentos. Três anos após o lançamento do último álbum de estúdio do Chairlift, Moth – 44º colocado em nossa lista com Os 50 Melhores Discos Internacionais de 2016 –, Caroline Polachek continua a investir na mesma estrutura conceitual que vem produzindo desde os primeiros registros autorais. Uma criativa perversão da música pop tradicional, estrutura reforçada nos dois mais recentes lançamento da cantora e compositora norte-americana, Ocean of Tears e Parachute.

Sequência ao material entregue há poucas semanas, em Door, uma das melhores composições já produzidas pela cantora, cada nova criação parece transportar o som de Polachek para um novo território criativo. Enquanto Ocean of Tears navega pelo R&B/pop estilizado dos anos 1980, resgatando melodias empoeiradas e vozes tratadas como instrumento, uma das marcadas da artista, ao avançar pela faixa seguinte, perceba como cada elemento encolhe conceitualmente. Um propositado reducionismo na construção das melodias e versos, indicativo da estrutura versátil que deve orientar o próximo registro da compositora.


Caroline Polachek – Ocean of Tears


Caroline Polachek – Parachute

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.