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Ano: 2012

Selo: Som Livre

Gênero: Pop, Tecnobrega, MPB

Para quem gosta de: Jaloo e Felipe Cordeiro

Ouça: Ex Mai Love, Chuva e Xirley

8.5
8.5

Gaby Amarantos: “Treme”

Ano: 2012

Selo: Som Livre

Gênero: Pop, Tecnobrega, MPB

Para quem gosta de: Jaloo e Felipe Cordeiro

Ouça: Ex Mai Love, Chuva e Xirley

/ Por: Cleber Facchi 15/04/2020

Treme (2012) é um desses discos que parecem pensados para grudar na cabeça do ouvinte. Do momento em que tem início, na divertida Xirley, passando pelo sucesso de Ex Mai Love, música eternizada como tema de abertura na novela Cheias de Charme, cada componente do álbum mostra o esforço da Gaby Amarantos em transitar por diferentes ritmos, melodias e formas instrumentais forma sempre acessível, pop, estrutura que faz da obra uma verdadeira coletânea de hits. Primeiro trabalho de estúdio da cantora e compositora belenense, o registro lançado sob grande expectativa não apenas serviu para reforçar a sonoridade abrasiva de Amarantos, como abre passagem para alguns dos nomes mais importantes da música paraense. É o caso de Dona Onete, na autoral Mestiça, Maderito, em Galera da Laje, e Felipe Cordeiro, nas guitarras de Ela Tá No Ar. A própria versão para Vem Me Amar, de Alípio Martins, um dos responsáveis pela popularização do Carimbó na década de 1970, contribui para esse resultado.

Produto do esforço coletivo entre a cantora o produtor Luiz Félix Robatto, parceiro durante toda a execução da obra, o trabalho que conta com direção artística de Carlos Eduardo Miranda (Raimundos, Mundo Livre S/A), pinta um retrato curioso da criativa mistura de ritmos que marca o início dos anos 2010. Canções que vão do tecnobrega à guitarrada, do carimbó ao R&B em uma linguagem deliciosamente versátil. Exemplo disso está na inusitada interpretação para Coração Está em Pedaços, da dupla Zezé Di Camargo & Luciano, no breve encontro com Fernanda Takai, em Pimenta com Sal, ou mesmo na força dos versos que tomam conta de Chuva, música originalmente composta por Thalma de Freitas e Iara Rennó. Um colorido catálogo de ideias que vai da quentura das batidas à icônica imagem de capa.



Este texto faz parte da nossa lista com Os 100 Melhores Discos Brasileiros dos Anos 2010 que será publicada ao longo das próximas semanas. São revisões mais curtas ou críticas reescritas de alguns dos trabalhos apresentados ao público na última década. Leia a publicação original.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.