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Crítica

Luisa Maita

: "Lero-Lero"

Ano: 2010

Selo: Cumbancha / Oi Música

Gênero: MPB, Samba

Para quem gosta de: Céu e Rodrigo Campos

Ouça: Lero-Lero e Fulaninha

8.5
8.5

Luísa Maíta: “Lero-Lero”

Ano: 2010

Selo: Cumbancha / Oi Música

Gênero: MPB, Samba

Para quem gosta de: Céu e Rodrigo Campos

Ouça: Lero-Lero e Fulaninha

/ Por: Cleber Facchi 07/02/2020

Lero-Lero (2010) é um trabalho precioso. Nascido do cruzamento entre diferentes ritmos – samba, eletrônica, bossa nova, jazz e pitadas de música pop –, a estreia de Luísa Maita faz de cada composição um curioso jogo de experiências a serem desvendadas pelo ouvinte. Ideias que se entrelaçam em ambiente de emanações eletroacústicas, como se cada fragmento instrumental e poético ao longo do disco servissem de passagem para um cenário marcado pela fina renovação dos elementos. Canções que sussurram histórias particulares (Desencabulada), detalham sentimentos (Alento) e personagens (Fulaninha, Maria e Moleque) de forma sempre particular, indicativo do completo refinamento na composição das letras e histórias narradas pela artista.

Feito para ser absorvido aos poucos, sem pressa, Lero-Lero cresce como uma síntese conceitual de tudo aquilo que Maita vinha experimentando em outros projetos ao longo da carreira, como a colaboração com Rodrigo Campos, no hoje clássico São Mateus Não É Um Lugar Tão Longe (2009). Do jogo cíclico dos versos que embala a inaugural faixa-título, passando pela entrega de Anunciou e Vento Bom ao último acorde da derradeira Amor e paz, cada elemento do disco parece dançar no ouvido do público de forma sempre convidativa, como um convite a se perder em um universo próprio da artista paulistana.



Este texto faz parte da nossa lista com Os 100 Melhores Discos Brasileiros dos Anos 2010 que será publicada ao longo das próximas semanas. São revisões mais curtas ou críticas reescritas de alguns dos trabalhos apresentados ao público na última década.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.