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Crítica

Pabllo Vittar

: "Não Para Não"

Ano: 2018

Selo: Sony Music

Gênero: Pop, Dance,

Para quem gosta de: Gloria Groove, IZA e Ludmilla

Ouça: Disk Me, Seu Crime e Trago Seu Amor de Volta

8.0
8.0

Pabllo Vittar: “Não Para Não”

Ano: 2018

Selo: Sony Music

Gênero: Pop, Dance,

Para quem gosta de: Gloria Groove, IZA e Ludmilla

Ouça: Disk Me, Seu Crime e Trago Seu Amor de Volta

/ Por: Cleber Facchi 06/05/2020

Poucos registros sintetizam com tamanha naturalidade o pop produzido nos anos 2010 quanto Não Para Não (2018). Segundo álbum de estúdio da drag queen maranhense Pabllo Vittar, o trabalho que conta com assinatura de Maffalda, Rodrigo Gorky, Pablo Bispo e Zebu, da Brabo Music Team, segue de onde a cantora havia parado um ano antes, durante o lançamento de Vai Passar Mal (2017), porém, estabelece na criativa colagem de ritmos a passagem para uma das obras mais deliciosas da música brasileira em sua fase mais recente. Composições que vão do axé ao R&B, do forró à PC Music sem necessariamente abraçar um gênero ou conceito específico. Instantes em que a artista confessa algumas de suas principais referências, como Beyoncé, RuPaul e Companhia do Calypso, mesmo preservando a própria identidade criativa.

O resultado desse colorido catálogo de ideias está na entrega de um repertório que parece pensado para grudar na cabeça do ouvinte. Canções como a agridoce Disk Me (“Diz que me ama quando bebe / Mas quando acorda, se esquece / Desse amor / Que acabou“) e a colaborativa Trago Seu Amor de Volta (“Trago seu amor de volta / Não quero nada em troca / O que o destino uniu, ninguém vai separar“), encontro com Dilsinho, em que parte de desilusões amorosas e conflitos sentimentais como base para a formação das letras. Um misto de romance, dor e provocação, estrutura que se completa pela breve interferência de nomes como Ludmilla (Vai Embora) e Urias (Ouro), mas que utiliza da postura carismática da própria artista como estímulo para uma obra capaz de seduzir o ouvinte da primeira à última faixa. Da imagem de capa aos versos, um disco que reflete o pop em sua forma mais divertida.



Este texto faz parte da nossa lista com Os 100 Melhores Discos Brasileiros dos Anos 2010 que será publicada ao longo das próximas semanas. São revisões mais curtas ou críticas reescritas de alguns dos trabalhos apresentados ao público na última década. Leia a publicação original.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.