Experimente: Rico Dalasam

/ Por: Cleber Facchi 11/04/2014

Rico Dasalam

Rico Dalasam é uma adorável contradição. As rimas assinadas pelo rapper não tratam sobre marginalizados, estão longe de passear pelas periferias e tampouco parecem íntimas de um contexto questionador ou minimamente complexo. Pelo contrário, cada verso assinado pelo artista paulistano funciona dentro de um ambiente particular: o dele próprio.

Longe das experiências urbanas/sociais que há quase três décadas decidem os rumos do gênero no país, o novato encontra em aspectos simples do próprio cotidiano um condimento natural para cada nova criação. Um efeito que o single Aceite – C, estreia oficial do rapper, revela como um natural ponto de partida e evidente expressão de maturidade.

Utilizando de samples de Daniela Mercury e uma levada que esbarra nos trabalhos de Karol Conká – influência confessa do artista -, a canção flui como a soma de uma sequência de obras esculpidas previamente pelo paulistano. Canções como Roda Gigante e Entreumplayeumperrei que fundem a densidade do R&B com a esquizofrenia sob controle de nomes estrangeiros como Mykki Blanco e Le1f. De fluidez dançante, a música abre passagem para o primeiro álbum do rapper, Um brinde a quem se aceita, álbum que deve aparecer na íntegra ainda em 2014.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.