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#50. Mogwai
Young Team (1997, Chemikal Underground)
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Quando Young Team foi lançado em outubro de 1997 o Mogwai era apenas mais um dos inúmeros grupos que se aventuravam na construção do ainda novo pós-rock. Porém, diferente de tantos outros, o grupo escocês soube como falar com seu público sem necessariamente utilizar de palavras, deixando de ser apenas mais um, para se transformar em um dos grupos mais relevantes do gênero a que estavam atrelados. Durante mais de uma hora, o grupo vindo da referencial Glasgow encanta seus ouvintes com uma vasta trama instrumental, mobilizando seus esforços em cima de uma sonoridade atmosférica que rompe qualquer tipo de amarras em prol de uma musicalidade tomada de sentimentos e beleza. A produção fracionada entre Paul Savage e Andy Miller serviria para extrair o máximo das composições da banda que cercam os ouvintes tanto com faixas gigantescas como Mogwai Fear Satan com mais de 16 minutos, ou singelas canções aos moldes de With Portfolio.
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#49. Ride
Nowhere (1990, Creation Records)
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Com a explosão dos grupos voltados ao shoegaze rock no final dos anos 80, o que não faltava em território britânico eram grupos que se mobilizavam em construir um som carregado de distorções e sonoridades enevoadas. Em meio ao mar de artistas e novos trabalhos do gênero, uma onda mereceu especial destaque, uma onda denominada Ride. Formada em meados de 1988, a banda vinda de Oxford, Inglaterra foi lentamente atraindo seu público e convencendo a crítica através de seus sempre cuidadosos EPs. Entretanto foi só quando Nowhere, primeiro trabalho do grupo foi lançado em outubro de 1990 que a banda passou a receber verdadeiro destaque. Tal qual a capa do álbum, o debut dos ingleses passou como uma suave onda em meio ao badalado cenário daquele período, entretanto, mesmo reverberando uma sonoridade branda o registro deixaria eternizada a marca do grupo, marca que não seria superada nem por seus próprios futuros lançamentos.
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#48. Built To Spill
Keep It Like a Secret (1999, Warner Bros. Records)
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Em 1999 quando o Built To Spill lançou seu quarto disco, Keep It Like a Secret, a banda vinda de Boise, Idaho já era uma das principais representantes do indie rock norte-americano, sendo constantemente elogiada por seus registros e suas performances ao vivo. Entretanto, com o recente trabalho, a banda encabeçada pelo guitarrista e vocalista Doug Martsch alcançava um novo patamar, apresentando um álbum tomado por uma sonoridade muito mais radiofônica e que tocava de leve o grande público. Segundo trabalho da banda lançado através da Warner Bros. Records, o disco circulou tranquilamente em meio as rádios norte-americanas, motivo mais do que explicado pela seleção de canções tomadas de uma melodia ímpar, um tipo de som que mesmo nos anteriores registros da banda parecia oculto ou controlado. Phil Ek que já havia trabalhado anteriormente com o grupo brilha de forma fenomenal na produção do disco, permitindo que Center of the Universe ou Carry The Zero cheguem até os ouvidos de forma límpida e quase mística.
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#47. Daft Punk
Homework (1997, Virgin Records)
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Ocultos sob capacetes futurísticos e roupas cibernéticas, Thomas Bangalter e Guy-Manuel de Homem-Christo revolucionariam como poucos as pistas de dança ao apresentarem ao mundo seu conceitual projeto, o Daft Punk. Transformando o Techno e a House Music em algo despojado e incrivelmente pop, o duo francês foi um dos responsáveis por transformar Paris em uma das capitais mundiais da música eletrônica. Homework, primeiro trabalho da dupla lançado em 1997 seria uma das coqueluches do gênero não apenas em seu ano de lançamento, como nos anos que se seguiriam. Através de verdadeiras pérolas da dance music como Da Funk, Around the World e Rollin’ & Scratchin‘, o duo definiria as bases para uma série de futuros produtores e propagadores do mesmo estilo, nomes como Justice, Digitalism e SebastiAn que não deixariam de provar um pouco da essência lançada pela dupla.
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#46. Mundo Livre S/A
Samba Esquema Noise (1994, Banguela Records)
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Muito embora o primeiro álbum do Mundo Livre S/A tenha saído apenas em 1994, o grupo vindo da capital pernambucana Recife já batalhava em meio ao cenário musical desde 1984, dez anos antes de sua fatídica estreia. Lançado através do selo independente Banguela Records – que administrado pelo produtor Carlos Eduardo Miranda e integrantes do grupo Titãs -, o álbum surgia como uma das grandes manifestações do Manguebeat, movimento cultural que surgiu no começo dos anos 90 e trazia como um de seus ideais a união entre os ritmos regionais e estilos como o rock, reggae, samba e hip-hop. Embora tenha estabelecido pouquíssimas vendas, o disco (cujo título é inspirado no álbum Samba Esquema Novo de Jorge Ben) não passou despercebido pela imprensa, que não tardou em o apontar como um dos lançamentos mais importantes daquele ano. Recheado de participações especiais (que incluíam até a atriz Malu Mader), Samba Esquema Noise é parte fundamental para entender a música brasileira da década de 90.
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Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.