Cantora, compositora, produtora e multi-instrumentista, Taja Cheek apresenta ao público um novo álbum de estúdio como L’Rain, Fatigue (2021). São pouco menos de 30 minutos em que a artista residente na região do Brooklyn, em Nova Iorque, se concentra na produção de um repertório marcado por experimentações com a música negra. São coros de vozes e melodias que tendem ao R&B/soul dos anos 1970, porém, partindo de uma abordagem sempre inexata, conceito que que embala a experiência do ouvinte tão logo o disco tem início, em Fly, Die, e segue até Take Two.

“Fatigue nos encoraja a ouvir, rir, lamentar, murmurar, demorar, perceber, saber, aceitar e liberar quem somos, quem e o que podemos ser quando permitimos que movimentos de mudança sejam um componente necessário, não uma antítese do descanso“, resume no texto de apresentação do trabalho. São canções que partem de uma abordagem sempre detalhista, mas que estabelecem no uso de incontáveis atravessamentos rítmicos e sobreposições estéticas um importante componente de ruptura criativa, tratamento explícito em músicas como a já conhecida Suck Teeth. Ouça:

L’Rain – Fatigue