Para celebrar o aniversário de 50 anos, Romulo Fróes decidiu presentear o público com dois trabalhos de inéditas. De um lado, a limpidez dos arranjos e vozes que orientam as nove faixas de Aquele Nenhum (2021), registro que se espalha em meio a captações acústicas, sempre reducionistas, como uma extensão do material entregue em Por Elas. Sem Elas (2015). No outro, o experimentalismo de Ó Nóis (2021), disco que concentra o mesmo repertório, porém, partindo de uma abordagem completamente distinta, como uma delirante sobreposição de ideias, ruídos e captações sujas.

Esse é o primeiro grande lançamento de Fróes desde o material entregue em O Disco das Horas (2018). Com mais de duas décadas de carreira, o cantor e compositor que já colaborou com nomes como  Jards Macalé e Elza Soares acumula uma sequência de obras importantes para a produção brasileira. É o caso do duplo No Chão Sem o Chão (2009), de onde vieram preciosidades como A Anti-Musa e Pierrô Lunático, além de outros registros como Um Labirinto em Cada Pé (2011), Barulho Feio (2014) e O Meu Nome é Qualquer Um (2016), esse último, em parceria com César Lacerda.

Romulo Fróes – Ó Nóis / Aquele Nenhum