Resenha: “Morrissey mostra força e qualidade em show para ‘fãs’ em São Paulo”

/ Por: Cleber Facchi 25/11/2015

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Créditos: MRossi

No último sábado (21), fomos até a região sul da cidade de São Paulo, acompanhar o show de uma das maiores lendas da história da música, o cantor e compositor Morrissey, famoso por ser o homem a frente da clássica banda The Smiths. Sua carreira solo impressiona a todos, com letras profundas e sempre trazendo sua postura ativista, no qual merece grande destaque.

Chegamos uma hora antes do horário determinando como início do show, que teve uma introdução de quase 30 minutos, mostrando no telão posicionado no palco vídeos de diversos artistas das décadas passadas, que são algumas influências do cantor, para deixar claro, principalmente para o público mais jovem e/ou quem desconheça a história da música e o que inspira Morrissey. Gostamos dos vídeos exibidos, mas isso incomodou grande parte do público, já que fez o show começar mais tarde. Logo uma cortina se abriu e o grande artista e sua banda subiram ao palco, levando o público a uma felicidade pouca vista atualmente em shows internacionais.

O show começou com o sucesso Suedehead, mostrando desde o início que a noite seria especial e foi! Clássicos, sucessos, músicas lado b da carreira solo e do disco mais recente tomaram conta do show que durou um pouco mais de 90 minutos. Durante a exibição, Morrissey cantou faixas como “Everyday Is Like Sunday” do clássico disco Viva Hate, que mostrou ao mundo que ele era muito maior que sua ex-banda, também cantou a incrível “The Bullfighter Dies” de seu último disco.

Afinado, bem humorado, carismático e com uma voz sem igual, o homem de 56 anos que é uma lenda do rock e do pop mundial, não trouxe apenas uma apresentação diferenciada e profunda, como também pode ter sido sua última em terras tupiniquins, assim como ele próprio disse, devido aos seus problemas de saúde. A famosa e emblemática canção “Meat Is Murder” foi uma das poucas tocadas da época dos Smiths, mas com certeza uma das melhores do show e de sua autoria ao longo dos anos. Além de interpretar ela com louvor e um sentimento de revolta, exibiu junto dela e da canção “What She Said” um vídeo com animais sendo torturados e assassinados, trazendo um impacto muito grande na platéia que estava no Citibank Hall, fazendo algumas pessoas a passarem mal, segundo relatos da equipe de segurança que lá estava.

Com direito a tirar a camisa, homenagem a França e quebrar corações, isso resumiu um pouco do espetáculo. Um show muito bom e emocionante, em que Morrissey mostrou porque tem uma legião de fãs mundo afora. Mesmo muitas pessoas não gostando do repertório, uma super lotação no local, ingressos absurdamente caros e o show em um horário e local que prejudicaram a volta para casa de muitos, fica um sentimento positivo imenso por parte da maioria que viram esse personagem importante da história da música.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.