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Críticas

Bad Gyal

: "Worldwide Angel"

Ano: 2018

Selo: Puro Records / Canada

Gênero: Dancehall, Pop, Reggaeton

Para quem gosta de: Rihanna, Drake e Tomasa del Real

Ouça: Blink e Internationally

7.5
7.5

Resenha: “Worldwide Angel”, Bad Gyal

Ano: 2018

Selo: Puro Records / Canada

Gênero: Dancehall, Pop, Reggaeton

Para quem gosta de: Rihanna, Drake e Tomasa del Real

Ouça: Blink e Internationally

/ Por: Cleber Facchi 27/02/2018

Uma das grandes apostas do pop catalão, Alba Farelo passou os últimos dois anos se revezando em uma sequência de boas composições que serviram para consolidar o trabalho da artista sob o título de Bad Gyal. Uma criativa colagem de ritmos que vai do reggaeton à dancehall, estímulo para a produção de músicas como a bem-recebida Jacaranda, além, claro, da mixtape Slow Wine (2016), registro de sete faixas que serviu para apresentar o som da cantora a uma parcela ainda maior do público.

Em Worldwide Angel (2018, Puro Records / Canada), mais recente trabalho de inéditas de Farelo, uma fina continuação do material que vem sendo produzido nos últimos meses. São nova composições em que Bad Gyal transforma os próprios conflitos, sentimentos e relacionamentos no principal combustível para a formação dos versos, deixando ao encargo de um time seleto de colaboradores a produção das batidas e temas instrumentais que recheiam o disco.

Vem daí o bem-sucedido encontro com o produtor britânico Jack Latham. Mais conhecido pelo trabalho em parceria com Kelela, o artista responsável pelo Jam City assina duas composições do disco. De um lado, a curtinha Intro, faixa de abertura que aponta a direção seguida pela cantora no restante da obra. No outro, as batidas e temas eletrônicos de Internationally, parceria com Dubbel Dutch que parece pensada para grudar na cabeça do ouvinte.

O mesmo Dubbel Dutch, parceiro de Farelo desde os primeiros singles, assina duas outras composições em Worldwide Angel. Enquanto Tra, terceira faixa do disco, reforça a essência dançante da obra, mergulhando em uma criativa colagem de ritmos, na canção seguinte, Candela, o diálogo com o R&B acaba chamando a atenção. Um som minucioso, como se o produtor soubesse exatamente como valorizar cada fragmento poético detalhado por Bad Gyal.

Quem também chama a atenção no disco é o cantor e compositor Pablo Díaz-Reixa, do El Guincho. Parceiro logo na faixa de abertura do álbum, o músico ganha ainda mais destaque na colaborativa Yo Sigo Lual. Trata-se de um dueto que conta com a produção de Fakeguido. Pouco mais de três minutos em que a dupla se espalha sem pressa, confessando sentimentos em uma canção que parece resgatada dos últimos trabalhos de Rihanna e Drake.

Repleto de boas composições e parcerias improváveis com artistas vindos de diferentes campos da música, Worldwide Angel amplia de forma criativa o leque de possibilidades em relação ao trabalho de Bad Gyal. São pouco menos de 30 minutos em que Farelo transforma as próprias desilusões em música (Trust), prova de novas sonoridades (Blink) e, acima de tudo, convida o ouvinte a dançar, revelando ao público uma fina continuação do material apresentado em Slow Wine.

 

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.