Perto de lançar o primeiro álbum de estúdio da carreira, previsto para o mês de outubro, os integrantes do grupo mineiro Tarda tem revelado ao público uma série de composições inéditas. É o caso da ainda recente Breath, música que dialoga com o atual cenário de pandemia e isolamento vivido por diferentes indivíduos, além, claro, de criações um pouco mais antigas, como as ótimas Ninguém Por Enquanto e Veluda. Instantes em que a banda formada por Julia Baumfeld, Randolpho Lamonier, Paola Rodrigues, Sara Não Tem Nome e Victor Galvão se revela por completo ao ouvinte.

Nada que se compare ao material entregue na recém-lançada Buraco de Afundar. Mais recente criação do coletivo que transita entre o dream pop, a spoken word e o pós-rock, a nova faixa ganha forma aos poucos, sem pressa, costurando incontáveis camadas instrumentais, ruídos e vozes etéreas que ganham forma em uma medida própria de tempo. São experimentações labirínticas, como uma extensão natural de tudo aquilo que o quinteto tem produzido desde os primeiros registros autorais. “Um profundo mergulho no desconhecido“, como resume o texto de apresentação da faixa.

Tarda – Buraco de Afundar