Foo Fighters
Rock/Alternative Rock/Grunge
http://wastinglight.foofighters.com/
Por: Thaís Belluzzo
Desde a primeira vez que Dave Grohl entrou em um estúdio e gravou todos os instrumentos do que viria a ser o primeiro álbum do Foo Fighters, muita coisa mudou. A banda ganhou novos integrantes, o cenário musical se alterou, novas bandas surgiram, novas maneiras de divulgação de álbuns e compartilhamento de áudio foram utilizadas, e o rock and roll “perdeu sua força”. Porém, não para Grohl, que sempre mostrou suas diferentes influências que vão desde o rock dos anos 50 e 60 até o heavy metal nos mais de 16 anos do Foo Fighters, levando a banda a ser considerada como a salvação do rock.
Com Wasting Light (2011) o Foo Fighters mostra o porquê de ser considerada como uma das melhores bandas de rock da atualidade. O grupo ainda dá um show de publicidade online com a disponibilização das faixas para audição gratuita, clipes (Rope, White Limo), com o “foo fighters FM”, e também com a divulgação de concertos “secretos” e tantos outros recursos – como o twitter – utilizados amplamente. O disco também preza por trazer um “quê” dos álbuns One By One (2002) e In Your Honor (2005) com riffs bem trabalhados, refrões marcantes, e, claro, a bela voz de Dave Grohl, que consegue passar da melancolia para vocais gritados.
O álbum, como Dave Grohl disse em diversas entrevistas, é o mais pesado da carreira, parte por ser gravado em sua garagem com o intuito de “voltar às raízes” e flertar com as influências da banda. A parte grunge fica com a produção de Butch Vig (mesmo produtor de Nevermind do Nirvana) e com a participação de Krist Novoselic na faixa I should have known. Quanto ao metal, a faixa White Limo faz o serviço com os vocais rasgados (característica de Grohl), guitarras pesadas e que ganhou a participação do frontman do Motorhead, Lemmy Kilmister na versão do videoclipe.
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Bridge Burning abre com o pé direito através da frase “these are my famous last words”, te fazendo querer ouvi-la até a exaustão e saber o que mais o álbum oferece. Rope repete a fórmula do sucesso da banda e vem com riffs marcantes, com um vocal duo entre Dave e Taylor Hawkins nas estrofes. Dear Rosemary é uma das mais belas do álbum, não só pela letra e seu refrão chicletes, mas também pela linha instrumental que combina perfeitamente com a proposta da música. A bateria merece um destaque em músicas como Arlandria, Back and Forth, e a Matter of Time, com batidas que te fazem balançar a cabeça e dizer “yeah”.
These days é uma baladinha crescente que nos remete ao álbum The Colour and the Shape (1997), é sem dúvidas, a mais soft do álbum, não perdendo em qualidade para as outras. Miss the Misery possui a melhor introdução com um riff sujo e depois com um ótimo sincronismo de baixo e bateria. Walk fecha com chave de ouro esse presente para os fãs do bom rock and roll, com novamente um refrão grudento, uma bela letra e uma ótima apresentação do Foo Fighters.
Wasting Light não é uma revolução musical e nem chega perto de querer ser isso. O novo disco da banda de Seattle é uma prova de que ainda se pode fazer boa música com a velha combinação vocal, guitarra, baixo e bateria. É um álbum com letras bem feitas, ótima produção e músicas que vão ficar na sua cabeça por algum tempo. Um dos melhores trabalhos da banda, e só.
Wasting Light (2011)
Nota: 7.1
Para quem gosta de: Them Crooked Vultures, Queens Of The Stone Age e Audioslave
Ouça: Walk
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Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.