Antes de subir ao palco para a quarta apresentação do Apanhador Só na capital paranaense Curitiba, o Miojo Indie conversou com Alexandre Kumpinski, guitarrista e vocalista da banda. Em meio à venda de botons, CDs e camisetas na lojinha da banda o rapaz falou sobre a repercussão do primeiro disco e sobre o futuro do grupo.
O disco de estreia do Apanhador Só acabou figurando nos principais sites e revistas de cultura do país como um dos principais trabalhos lançados em 2010, como foi a repercussão disso para a banda, afinal vocês são um grupo relativamente novo, isso serve para estimular o trabalho de vocês?
Sem dúvidas, pra nós é muito difícil elaborarmos uma crítica sobre o nosso próprio trabalho. É um som que a gente cria lá na garagem da minha casa, mas a gente não consegue perceber o que nós produzimos com um olhar externo. Essas listas e a repercussão da crítica são esse olhar de fora. É um pessoal de outros estados, além do nosso circulo e que vê o disco e fala “poxa isso tá muito bom”, então é lisonjeador a gente ter o nosso primeiro álbum como um dos melhores do ano. Fora que isso serve para divulgar ainda mais o nosso trabalho.
A música de vocês conta com um som muito próprio tem um pouco de indie rock, tango, uma pegada bem forte de música brasileira, um numero grandioso de elementos que tornam difícil a classificação do trabalho de vocês. Com a banda define esse som, o que é a sonoridade do Apanhador Só para vocês?
Acho que a gente nunca parou para caracterizar o som da banda, mas de fato tem muita coisa que adorna nossas composições. É até uma tendência bem moderna você fazer essa união de elementos que acabam culminando em um resultado meio inclassificável. A Banda Gentileza faz isso, o Do Amor faz isso, então essa união de ritmos e formas de fazer música vem para engrandecer, para complementar, não apenas o nosso trabalho, mas o de um número grande de artistas.
Vocês têm uma relação muito forte com algumas bandas curitibanas não? Essa é a quarta vez que vocês tocam na cidade e sempre contam com a presença de alguns músicos da cena local.
Sim, a gente já se apresentou duas vezes ao lado da Banda Gentileza que são uns parceiros nossos. Teve também uma vez que a gente tocou com os Sabonetes também, e é sempre bom reencontrar com eles, são bandas muito amigas. E tocar aqui no Paraná é sempre interessante, desde a primeira vez que nós tocamos os shows tem sido cada vez melhores, nos outros lugares também, a gente percebe que o nosso público tem crescido muito e isso pra banda é essencial.
Apesar do primeiro disco de vocês ter saído há pouco menos de um ano, já existe algum material pronto, alguma coisa concretizada para um segundo trabalho da banda?
Nós já temos muito material, muita coisa produzida, mas talvez não o suficiente ainda para um segundo disco. Nas próprias apresentações ao vivo a gente tem tocado algumas coisas novas, Torcicolo é uma delas e lógico, a gente já pensa em um novo trabalho, embora não exista nada muito concreto ainda.
O que você ou os outros membros da banda tem ouvido nos últimos tempos?
Cara, eu tenho ouvido muito o último disco do Jorge Drexler, o Amar La Trama de 2010. O último do Dr. Dog também o Shame Shame que é um discão. Tem também o disco do Rafael Castro, Maldito, que é um trabalho que eu já ouvi bastante e voltei agora a ouvir de novo. A banda é bem difícil dizer, já que rola um gosto bem variado de cada um dos membros.
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.