Chegando aos últimos momentos do Mês do Rock preparamos mais uma lista com 5 Discos para quem gosta de rock, selecionado meia dezena de discos que de uma forma ou outra trouxeram significativas mudanças para o cenário musical. Da mesma forma que na lista anterior, separamos um disco de cada década, selecionando assim algum grande exemplar do gênero desde os anos 60 até a chegada dos anos 2000.
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Anos 60
The Stooges – The Stooges (1969)
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Enquanto o mundo inteiro parecia mais interessado em dar atenção ao que os Beatles ou os Stones lançavam em 1969, quatro garotos de Ann Arbor, Michigan faziam de seu primeiro registro em estúdio uma gigantesca revolução musical. Incompreensível em sua época de lançamento, a homônima estreia do The Stooges mudaria para melhor a história do rock ‘n’ roll. Encabeçada por um então desconhecido Iggy Pop, o grupo norte-americano daria os primeiros passos para o que resultaria em uma série de futuras vertentes musicais e outros grupos de profundo significado para a história da música.
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Não poupando seus esforços na hora de produzir um som sujo, tomado pelas guitarras e letras de pura agressividade, Iggy, os irmãos Scott e Ron Asheton e o baixista Dave Alexander presenteariam o mundo com composições verdadeiramente inovadoras naquele momento, proporcionando verdadeiros clássicos como I Wanna Be Your Dog, a descompromissada No Fun ou a sujíssima Real Cool Time, todas criações que serviriam de base para um bom número de bandas que futuramente trariam novas revoluções ao mundo da música.
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Anos 70
Joy Division – Unknow Pleasures (1979)
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Se existe um disco que pode contar com o rótulo de “perfeito” este é Unknow Pleasures, trabalho de estreia do grupo britânico Joy Division. Dono de uma sonoridade inédita, o álbum funciona como uma porta de entrada para um mundo sombrio, tanto pela sonoridade proposta por Peter Hook, Stephen Morris e Bernard Sumner, quanto pelas letras existencialistas, sorumbáticas e obscuras de seu interprete Ian Curtis. Lançado em 1979, o registro de dez composições abriria as portas para o quarteto britânico, além de servir como base para uma infinidade de bandas que viriam na sequência.
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Inovador até em seu projeto gráfico, o álbum – que não trazia a distinção de lados em seu formato em vinil – usa de um minimalismo sombrio em seu encarte, trazendo na capa do registro uma ilustração que representa a morte de uma estrela captada através de um medidor de pulsos. Essencial, o disco é um dos marcos do movimento Pós-Punk e influência para uma série de bandas atuais, como Interpol, White Lies, The Horrors e Editors.
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Anos 80
Dinosaur Jr – Bug (1998)
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Quando o trio Dinosaur Jr lançou em 1987 o clássico You’re Living All Over Me parecia que a banda de Amherst, Massachusetts jamais lançaria outro trabalho no mesmo nível. Pelo menos era o que parecia. Logo no ano seguinte J Mascis, Lou Barlow e Murph já seria capaz de voltar com outro registro de pura originalidade e peso. Denominado simplesmente como Bug, o álbum chegaria tomado pelo uso de guitarras, muita distorção e solos pesadíssimos, uma sonoridade que delimitaria para sempre as características instrumentais do trio.
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Ao lado de álbuns como Daydream Nation do Sonic Youth e Doolittle do Pixies, o registro de apenas dez canções é apontado como uma das bases do rock alternativo que viveria seu período de glória durante os primeiros anos da década de 1990. Embora seja a figura de Mascis que se destaca ao longo do trabalho, sendo ele o responsável por construir toda a estrutura do disco, tanto Lou Barlow quanto Murph merecem o devido destaque, auxiliando o tempo todo o parceiro em sua empreitada na construção densa do álbum.
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Anos 90
Weezer – Pinkerton (1996)
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O amor de uma fã colegial japonesa, um confuso triângulo amoroso com um casal de lésbicas e mais uma série de confissões sobre a vida pessoal de Rivers Cuomo foram as bases para as canções lançadas em Pinkerton, segundo álbum da banda californiana Weezer. Lançado em 24 de setembro de 1996, o disco é um dos registros mais importantes do rock alternativo da década de 90, sendo considerado pelos fãs como o melhor álbum da banda e também o disco que quase levou o grupo a encerrar suas atividades logo após seu lançamento.
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As letras excessivamente confessionais de Cuomo acabaram atraindo um sem número de críticas negativas ao registro, levando a banda a entrar em recesso logo após a estreia do álbum. Entretanto, lentamente o disco passou a receber destaque através da internet, onde um grupo nada moderado de fãs implorava pela volta do grupo, feito que se realizou em 2000, quando a banda retomou suas atividades e partiu para uma série de novos lançamentos, entretanto nenhum deles seria capaz de superar seu clássico disco.
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Anos 2000
The White Stripes – White Blood Cells (2001)
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Durante seus dois primeiros álbuns o White Stripes foi preparando o terreno e cercando seu público. A dobradinha formada pela bateria tosca de Meg White e as guitarras tomadas pelo blues rock de Jack White foram crescendo lentamente, até alcançar seu ponto máximo de maturação através do poderoso White Blood Cells. Sujo, cru, rápido e exalando o bom e velho rock ‘n’ roll, o álbum é um verdadeiro mergulho nos delírios instrumentais de Jack, que diferente de seus anteriores trabalhos passeia livremente com sua guitarra.
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Lançado na abertura do novo século, o disco que conta com o volumoso número de 16 faixas, músicas que serviria de base para um nada pequeno número de duplas de rock que nasceriam a partir de então, entretanto, nenhuma delas seria capaz de superar o brilhante exercício do guitarrista lançadas através do essencial disco. Embora preparasse uma sequência de outros álbuns que viriam nos anos seguintes, nenhum dos álbuns lançados teriam a mesma disposição e o caráter jovial de White Blood Cells.
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.