Walverdes
Brazilian/Alternative Rock/Power Pop
http://www.myspace.com/walverdes
Este texto não vai começar com a frase “Walverdes é uma das bandas mais injustiçadas do nosso país”. Abaixo você tem três passos para conhecer o grupo antes de ler a resenha do mais novo disco dos gaúchos.
2. Experimente no Trama Virtual
Agora sim, Walverdes é uma das bandas mais injustiçadas do nosso país melhores bandas do nosso país. Como boa parte dos grupos independentes que surgiram na década de 1990 (Pelvs, Astromato, Wry e Pin Ups) a banda sempre circulou dentro do meio underground ou de um público ainda mais seleto, mesmo assim, foi o suficiente para influenciarem uma gama de bandas (principalmente gaúchas) e atrair os olhares da crítica.
A “fórmula” do grupo é bem simples: guitarras sujas em referências que vão de Black Sabbath à Nirvana, letras fáceis, o vocal agressivo de Gustavo “Mini” Bittencourt e uma bateria e baixo explosivos. A soma de todos estes fatores culmina em uma cacetada sonora única, que é a marca registrada da banda. Com Breakdance (2010) o grupo lança mais um bom disco repleto de barulheiras e faixas impactantes.
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Não vá esperando um disco de break music como o título do álbum e a própria capa levam a acreditar. O trabalho é um puro exemplo de agressividade e guitarras intensas que se demonstra a urgência de Breakdance. São oito faixas inéditas e uma regravação que seguem no decorrer de seus 23 minutos. Prepare-se então para riffs sujos de guitarra e a bateria frenética de Marcos Rubenich.
Função que abre o disco vem acompanhada de guitarras ascendentes no melhor estilo garageiro da banda culminando em um final caótico. Spray é punk até o talo, enquanto Cérebro é setentista e segue acompanhada por um riff em looping. Basalto com seu refrão “Basalto/Baslato/Mais alto/Mais alto” segue acompanhada de guitarras distorcidas no melhor estilo grunge. Faixa mais curta do disco Diagonal serve mais como introdução para Tempos Interessantes (uma das melhores do disco) com seu refrão grudento, backing vocal contido e até palmas ao fundo. Menos agressiva Dissolução dá uma “tranquilizada” no disco. O álbum fecha com Não é difícil e Unidade, canções curtas e que cumpre sua função.
Breakdance não consegue superar o trabalho anterior do grupo – O frenético Playback lançado em 2005 – entretanto é repleto de bons momentos e situa ainda mais o Walverdes como uma das grandes bandas do cenário independente. A prova de que experiência (o grupo tem mais de 15 anos) conta e muito na hora de lançar um novo disco.
Breakdance (2010)
Nota: 8.0
Para quem gosta de: MQN, Zefirina Bomba e Superguidis
Ouça: Basalto
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.