The Death Set
Australian/Dance Punk/Electronic
http://www.myspace.com/thedeathset
Por: Fernanda Blammer
Punk e música eletrônica sem frescuras é nisso que se resume o trabalho dos australianos do The Death Set, grupo que se formou em 2005 na cidade de Gold Coast e desde então vem entregando uma série de faixas potencializadas pela energia do rock, batidas eletrônicas e versos fluindo muito próximos do hip-hop. Com Michael Poiccard (2011) o segundo trabalho de estúdio do trio de produtores, a fórmula explosiva da estreia mantém seu fluxo ainda mais impulsivo.
Com Johnny Siera, Jahphet Landis e Daniel Walker se responsabilizando pela gravação dos instrumentos, samplers e mixagens o grupo faz desse segundo disco um agrupado de faixas tão velozes e furiosas quanto o resultado alcançado em seu disco de estreia Worldwide (2008). Lançado em 2008 através do selo inglês Ninja Tune, por onde já circularam artistas como The Bug, Kid Coala, Bonobo e outras excentricidades da música eletrônica contemporânea, o disco conseguiu uma boa repercussão para a banda, inclusive levando-os a se apresentarem fora do continente de origem.
O novo disco abre com Slap Slap Slap Ponud Up Down Snap em meio a um misto de hip-hop, vocais com jeitão de hardcore, batidas descontroladas e programações eletrônicas que vão de Nine Inch Nails, passando por The Prodigy até se misturar ao noise pop dos anos 2000. Tal qual a faixa de abertura todas as canções contam com menos de dois minutos de duração, o que serve para aumentar o clima excessivamente pulsante do álbum. Maior faixa do disco, com mais de quatro minutos de duração, I Miss You Beau Velasco é também o momento menos acelerado do trabalho e que se assemelha fortemente aos grupos de música noise contemporâneos.
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Entretanto é nas faixas de curtíssima duração que o trio entrega seus picos máximos de energia. I Like The Wrong Way, Yo David Chase! You P.O.V. Shot Me In The Head (essa com Diplo) e To Much Fun For Regrets contam todas com pouco mais de um minuto, tempo mais do que suficiente para a entrada de vocais berrados, baterias intensas e guitarras estouradas. É dentro de momentos assim que o grupo mostra também sua faceta menos eletrônica e mais punk, como em It’s Another Day.
O novo álbum traz também uma série de participações especiais. Além do já mencionado produtor norte-americano Diplo, quem dá as caras é o grupo Spank Rock na faixa 7PM Woke Up An Hour Ago, momento mais indie rock do disco. A banda ainda presta homenagem ao guitarrista Beau Velasco, membro que morreu em 2009 e que esteve na banda desde sua formação.
Para os que buscam por um rock calminho a banda entrega até Is It The end Again?, uma faixa toda trabalhada em instrumentação acústica e nada parecida com as gritarias de outrora. Mas se você for ouvir o The Death Set só por essa faixa, nem perca seu tempo. Afinal é no som nada incontido do álbum que está o acerto dessa banda australiana.
Michael Poiccard (2011)
Nota: 7.5
Para quem gosta de: Ponytail, Funeral Party e Diplo
Ouça: Slap Slap Slap Ponud Up Down Snap
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Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.