Nuda
Alternative/Psychedelic/Experimental
http://www.myspace.com/sitionuda
Antecipando seu primeiro grande trabalho de estúdio o quinteto de Recife Nuda presenteia o público com uma suave mostra do que ainda está por vir. Nuda EP (2011) dá boas dicas de que o grupo que em 2008 surpreendeu com o pequeno disco Menos cor, Mais Quem EP vem ainda mais inspirado e dono de uma sonoridade que transita por um mar de instrumentação do qual só a banda é dona.
A primeira das três canções é Maré Nenhuma, um suave sambinha com toques controlados de rock que circunda os delicados versos da faixa. A canção que dará título ao álbum de estreia do grupo é uma perfeita introdução para quem desconhece o som caprichado da banda. Delicada, a faixa vai lentamente crescendo em meio ao acompanhamento de novos instrumentos e vocais.
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Na sequência o grupo inova apoiado em um tango argentino na excelente Em nome do homem, em que guitarra e sanfona duelam categoricamente para gerar o som que compõem a faixa. Quem se surpreendeu com as viagens de guitarra do EP anterior, aqui vai ficar extasiado pelas guitarras firmes e pela bateria pontual que dá ritmo à canção. Com quase seis minutos de duração a faixa vai se transformando até a entrada de solos desesperados de guitarra que culminam no término caótico da canção, sempre acompanhada por esparsos acordes de sanfona.
Para fechar o grupo se vale da reinterpretação de Ode Aos Ratos, composta originalmente por Chico Buarque e que integra seu último disco, Carioca (2006). Embalada pela composição marcante do grupo a faixa parece tão própria da banda quanto de Chico. O curto álbum fecha em meio a um trava língua distorcido em que os vocais desesperados do vocalista Rapha tentam respirar. Se o álbum que está para chegar for dotado da mesma intensidade desse EP, então preparem-se, pois vai faltar fôlego.
Nuda EP (2011)
Nota: 8.1
Para quem gosta de: Cidadão Instigado, Otto e Mundo Livre S/A
Ouça: Em nome do homem
Por: Cleber Facchi
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.