Oona
Pop/Alternative/Female Vocalists
http://www.myspace.com/oonamusic
O que leva um ouvinte a conhecer o som da dupla Dave Tweedie e Oona Garthwaite? Sem dúvidas não é a capa no mínimo… exótica de Shhhhout! (2011), o trabalho de estreia desses dois californianos de Oakland, que entregam um pop rock gostoso e radiofônico, desses que animam qualquer dia ruim. Prepare-se para nove faixas embaladas por muito entusiasmo, toques de electropop e guitarras ensolaradas.
Apesar de ter esse primeiro álbum de estúdio lançado só agora, a dupla, que atua sobre a alcunha de Oona, já participa ativamente da cena californiana desde 2006. Pouco após Tweedie ter produzido algumas composições de Garthwaite a química foi tanto que ambos decidiram trabalhar juntos, feito que lentamente foi se consolidando através das apresentações dos dois em clubes e casas noturnas nos arredores da cidade de origem e principalmente em São Francisco. Nesses quase cinco anos de carreira a dupla teve tempo de sobra para destilar o pop eletrônico e alegre que se apresenta nessa estreia. Ao vivo o casal ainda conta com Andrew Lion (baixo), Alex Doty (guitarras) e Matt Berkeley (teclados), já que seria impossível enquanto dupla transmitir cada detalhe presente nas canções do Oona.
As influências da dupla são mais do que claras: horas e horas se afundando na discografia do Queen, ecos discretos da música disco dos anos 70, Prince, as vozes femininas da soul music, um “q” de Scissor Sisters e muito, mas muito pop europeu dos anos 2000, Robyn, Marina and The Diamonds, Lily Allen e demais artistas que entregam um som chiclete e açucarado.
O álbum que é curtíssimo (conta com pouco mais de trinta minutos) abre com a divertida Shout!, uma dessa faixas viciantes e que você esquece ligada no modo looping do seu player sem nunca enjoar. Feita para agradar em cada pequeno segundo, sua estrutura soul-pop-eletrônica repleta de arranjos de sopro prepara o terreno para a entrada de um refrão ainda mais grudento. I Wanna Know U e Here I Am chegam para dar ainda mais credibilidade aos vocais intensos de Garthwaite, que se complementam por arranjos de guitarras no melhor estilo Van Halen (a dupla é fã confessa da dos conterrâneos da Califórnia).
19 To One é outra faixa com cara de single fácil, dessa vez com a dupla se afundando de vez no seu lado mais eletrônico, nessa faixa que cola nos seus ouvidos e que dificilmente será removida. Se Haunting Me acaba soando meio… Estranha, Hello Hello já se livra disso e traz o duo de volta para os trilhos. Em Trouble volta o toque de soul eletrônico, típico das garotas do pop britânico, o feito segue também em There’s A Bridge, que mesmo um pouco mais fraca que as canções anteriores não desanima, tudo por conta da forte presença da vocalista. E ainda tem Let It Go, que como toda boa faixa que encerra um disco de música pop precisa ser uma daquelas baladonas chorosas.
Shhhhout! (2011)
Nota: 7.1
Para quem gosta de: Eliza Doolittle, Scissor Sisters e I Blame Coco
Ouça: Shout!
Por: Fernanda Blammer
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.