Disco: “Solar”, Rubik

/ Por: Cleber Facchi 25/03/2011

Rubik
Finnish/Indie Pop/Alternative
http://www.myspace.com/rubikband

 

Por: Fernanda Blammer

Terra de águas cristalinas, bosques incessantes, fabricantes de celular, além de longos e frios invernos, assim como a Islândia e a Noruega, a Finlândia é um desses pedacinhos de paraíso na terra, mas quantas bandas finlandesas você conhece? Quem respondeu Nightwish está automaticamente fora da brincadeira, já quem desconhece qualquer banda das frias terras nórdicas pode ter uma boa oportunidade conhecendo a big band Rubik.

Fazendo jus ao nome (Rubik em inglês é o equivalente ao nosso Cubo Mágico) a banda vinda de Helsinki mescla diversos tipos de sons e cores dentro de uma temática indie pop contagiante sempre dotada de pura inspiração e acordes festivos. Solar (2011), mais recente trabalho do grupo acaba de sair, porém o projeto encabeçado por Artturi Tair e que ao vivo se transforma em celebração, vem desde 2003 se aventurando na criação de composições alegres e fundamentadas por uma instrumentação versátil.

Quinto registro de estúdio da banda – sucessor de Bad Conscience Patrol (2007), Jesus vs. People MCD (2007), Dada Bandits (2009) e Data Bandits EPEPEP (2010) – o novo álbum foca em uma sonoridade muito similar a explorada pelo grupo sueco I’m From Barcelona, embora de maneira mais contida e sem a mesma gama de instrumentos que a banda vizinha entrega em sua discografia. A instrumentação minimamente reduzida não impede, porém, que o grupo possa nos proporcionar durante os 43 minutos do disco alguns bons momentos.

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Logo após a ótima introdução no início do disco e a banda chega com a poderosa World Around You, unindo toda a velocidade de guitarras bem instrumentadas, uma boa bateria, além do belo uso de teclados e arranjos vocálicos, tudo dentro de um ritmo crescente que a todo momento expande a admiração pela faixa. Se essa faixa não te animar fique tranquilo, Sun’s Eyes e mais uma sequência de pérolas do indie pop vão acabar, cedo ou tarde, prendendo você.

Se você acha que o Rubik é uma dessas bandas que mostra o ouro no começo e depois mandam uma sucessão de composições fracas pode ficar aliviado. Pode pular direto para a última canção do álbum, The Dark Continent, com um solo de trompetes e teclados que se ligam diretamente a introdução do trabalho. Menos alegre que as primeiras composições, a música evidencia toda a habilidade do grupo em nos emocionar por meio de uma sonoridade repleta de pequenas orquestrações.

Embora o disco pareça até bem ponderado em relação a outros artistas do gênero (vendo as apresentações da banda ao vivo tudo parece funcionar muito melhor) a maneira bem elaborada das criações musicais dos finlandeses acaba nos conquistando. Solar se esconde muito nos detalhes, mostrando a todo o momento nuances que, ou tornam intimas as canções, ou as expandem de maneira categórica.

 

Solar (2011)

 

Nota: 7.1
Para quem gosta de: I’m From Barcelona, Architecture in Helsinki e Oh No Oh My
Ouça: World Around You

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.