The Glitch Mob
Electronic/Hip-Hop/Glitch
http://www.theglitchmob.com/
Por: Fernanda Blammer
Após um trabalho de estreia que dividiu as opiniões de boa parte da crítica, mas que acertou em cheio aos fãs, o trio californiano The Glitch Mob (sem tempo para férias) retorna com mais um EP, que para alegria de seus ouvintes chega carregado apenas de novidades. Agregando uma tríade de composições inéditas, We Can Make the World Stop EP (2011, Independente) traz a mesma eletrônica climática e dançante que o grupo já havia desenvolvido em sua estreia, ampliando ainda mais a mesma mescla entre o hip-hop, ecos de IDM e sons sintetizados, que mesmo conceituais não abandonam seu caráter comercial.
Mesmo similar ao que Ed Ma, Justin Boreta e Josh Mayer – respectivamente edIT, Boreta e Ooah, seus “codinomes” – já vinham desenvolvendo anteriormente, o pequeno registro preenche suas frequências através de uma leve aproximação com o experimentalismo eletrônico. Enquanto em sua estreia full lengt, a trinca de produtores mobilizava todas ou pelo menos a maioria das composições de forma a serem conduzidas para as pistas, durante os pouco mais de 13 minutos do EP parece haver um distanciamento dessa anterior proposta, com as faixas dissolvendo suas batidas e synths de forma mais densa e de maneira bem menos dançante.
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Quando a primeira e homônima canção do álbum tem início, a sensação é a de que ela funcionará como uma abertura para as próximas faixas do trabalho, carregando uma sonoridade mais branda e atmosférica, lembrando um Daft Punk menos entusiasmado em alguns momentos. Entretanto, quando Warrior Concerto começa a ecoar, mais uma vez o aspecto de “início” ganha forma, com a faixa soando como uma espécie de introdução para algo que ainda está por vir. Entretanto esse “algo” nunca chega.
Com a terceira faixa, Palace Of The Innocents, mais uma vez os californianos montam uma trama instrumental que se materializa o tempo todo no quase, deixando o entusiasmo de lado e partindo para a construção de uma faixa que pouco se assemelha com suas anteriores produções. Se We Can Make The World Stop deveria soar como uma continuação da estreia do grupo, ou pelo menos como uma prévia de um futuro disco fica mais do que claro o singelo álbum representa um visível erro do The Glitch Mob.
We Can Make The World Stop EP (2011, Independente)
Nota: 6.0
Para quem gosta de: Pretty Lights, Daft Punk e Edit
Ouça: Warrior Concerto
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Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.