Em uma tentativa clara de testar os limites da própria voz, Lyra Pramuk lançou há poucos meses o experimental Fountain – 49º colocado em nossa lista com Os 50 Melhores Discos Internacionais de 2020. São harmonias de vozes sobrepostas, ambientações e momentos de maior vulnerabilidade, estrutura que invariavelmente faz lembrar de nomes como ANOHNI e Julianna Barwick. Exemplo disso acontece em algumas das principais composições do registro, como Witness e Gossip, em que o canto melancólico da compositora norte-americana parece pensado para emocionar o ouvinte.

Poucos meses após o lançamento do trabalho, Pramuk busca expandir os próprios horizontes e trazer novo significado às canções apresentadas em Fountain. Não por acaso, a artista recrutou um time de instrumentistas e produtores para assinar o colaborativo Delta (2021), obra de 14 remixes que contará com nomes como Hudson Mohawke, Ben Frost e Colin Self. Para o anúncio do álbum, a cantora entrega Fountain (Ars Amatoria), delirante criação que conta com a interferência direta do músico inglês Sebastian Gainsborough, grande responsável pelas experimentações no Vessel.

Delta (2021) será lançado em 24/9 via Bedroom Community.

Lyra Pramuk & Vessel – Fountain (Ars Amatoria)