Pharmakon: “Spit It Out”

/ Por: Cleber Facchi 08/08/2019

Auto-canibalização. Esse foi o conceito escolhido por Margaret Chardiet para trabalhar as canções do quarto álbum de estúdio como Pharmakon. Sequência ao também experimental Contact (2017), o novo disco deve aproximar a cantora e compositora norte-americana de um universo ainda mais sombrio e instável, estrutura aprimorada pela artista durante o lançamento de Bestial Burden – 46º colocado em nossa lista com Os 50 Melhores Discos Internacionais de 2014. São blocos de ruídos e vozes guturais que alcançam novo resultado no segundo e mais recente single do disco, Spit It Out.

Concebida em um intervalo de quase oito minutos, a canção utiliza de ruídos metálicos, distorções e vozes submersas como a passagem para um ambiente sombrio e abstrato. Assim como o material apresentado há poucas semanas, Self-Regulating System, a nova faixa cresce aos poucos, arrastando o ouvinte para dentro de um cenário turbulento, por vezes ensurdecedor, estrutura que ganha ainda mais destaque nos instantes finais da faixa, quando Chardiet se entrega ao exagero das formas instrumentais, ruídos e versos guturais, aumentando o desespero que embala a própria criação.

Devour (2019) será lançado em 30/8 via Sacred Bones.


Pharmakon – Spit It Out

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.