The Strokes: “All The Time”

/ Por: Cleber Facchi 14/02/2013

The Strokes
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O lançamento de All The Time antecipa o que talvez já fosse óbvio para quem acompanha o The Strokes sem o olhar cego do fanatismo: Comedown Machine será o novo Angles. Tal qual o registro de 2011 – trabalho que marcou o retorno dos nova-iorquinos após um hiato de cinco anos -, o ainda inédito quinto álbum da banda de Julian Casablancas parece repetir a mesma antecipação que inaugurou o retorno do grupo há dois anos. Se por um lado a controversa (ou seria corajosa?) One Way Trigger dá sequência aos realces oitentistas que passam pelo synthpop de Machu Picchu e Games, por outro lado o novo single se aproxima da mesma proposta que orienta o autoplágio de Under Cover of Darkness. O mesmo velho rock de garagem que marcou a carreira da banda no começo dos anos 2000 e uma resposta aos velhos seguidores do quinteto. Algo como: “Vejam, ainda somos os mesmos”.

Talvez seja cedo para antecipar, mas assim como no registro anterior, o Strokes permanece desnorteado. De maneira incerta o quinteto não sabe se prossegue com a musicalidade dos primeiros discos (proposta que parece seguida apenas para acalmar ao antigo público) ou se parte definitivamente em busca da “novidade” nostálgica que se relaciona com a década de 1980. Todas as respostas serão dadas de forma satisfatória (ou não) no dia 26 de Março, quando Comedown Machine for oficialmente apresentado ao público, entretanto, com base nos álbuns anteriores, nas duas recentes composições e na nova safra de artistas, permanece uma única certeza: o Strokes atual segue tão irrelevante e sem graça quanto no último disco.

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The Strokes – All The Time

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The Strokes – One way trigger

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.

Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.