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#20. Twinpine (s) – Niagra Falls
Ouvir ao primeiro disco de estúdio da paulistana Twinpine(s) é como fazer uma viagem aos anos 90. O som de Niagra Falls vem inspirado pelo rock alternativo de bandas como Cap’N Jazz, Mineral (principalmente do álbum The Power of Failing) e Sunny Day Real Estate, todos integrantes da cena emo noventista. Caso desconheça tais bandas, não imagine o emocore que se popularizou no início dos anos 2000 por meio de bandas como Simple Plan ou My Chemical Romance.
O Twinpine(s) aposta em guitarras sérias e melódicas além de letras e de uma sonoridade melancólica. A ausência de baixo no disco cria um constante duelo entre as guitarras tornando o som da banda sujo em diversos momentos. Mesmo cantado em inglês o álbum é acessível e de fácil absorção.
Alternative Rock/Indie/Post-Hardcore
http://www.myspace.com/twinpinesmusic
Ouça: Soda Springs
#19. Emicida – Emicídio
Na sequência de Pra Quem Já Mordeu Um Cachorro Por Por Comida, Até Que Cheguei Longe (2009), Leandro Roque de Oliveira o Emicida nos entrega sua segunda mixtape: Emicídio. As rimas intensas do trabalho anterior aqui se fazem presentes, sempre acompanhado de boas batidas e samplers certeiros. O disco conta ainda com a participação de outros rappers como Kamau e Rael da Rima em De onde cê vem e Beira de Piscina respectivamente.
Emicídio é a comprovação do rapper como um dos grandes representantes da cena hip-hip brasileira. Em um ano em que integrou a trilha sonora do filme Besouro, além de lançar o virtuoso EP Sua Mina Ouve Meu Rap Também, Emicida mostra que aos poucos vai ocupando seu espaço não só no Rap, mas na musica nacional como um todo. Os versos de Beira de Piscina “Quando puder não hesite em pedir suíte presidencial/ Tua essência ninguém poda/ Aí, depois que se acostuma com a primeira classe é foda” apenas demonstram que o rapper está por cima, e Emicida merece o lugar que alcançou.
Hip-Hop/Rap/Alternative
http://www.myspace.com/emicida
Ouça: Rinha (Já Ouviu Falar?)
#18. Walverdes – Breakdance
Agora sim, Walverdes é uma das bandas mais injustiçadas do nosso país melhores bandas do nosso país. Como boa parte dos grupos independentes que surgiram na década de 1990 (Pelvs, Astromato, Wry e Pin Ups) a banda sempre circulou dentro do meio underground ou de um público ainda mais seleto, mesmo assim, foi o suficiente para influenciarem uma gama de bandas (principalmente gaúchas) e atrair os olhares da crítica.
A “fórmula” do grupo é bem simples: guitarras sujas em referências que vão de Black Sabbath à Nirvana, letras fáceis, o vocal agressivo de Gustavo “Mini” Bittencourt e uma bateria e baixo explosivos. A soma de todos estes fatores culmina em uma cacetada sonora única, que é a marca registrada da banda. Com Breakdance (2010) o grupo lança mais um bom disco repleto de barulheiras e faixas impactantes. (Resenha)
Alternative Rock/Power Pop/Rock
http://www.myspace.com/walverdes
Ouça: Spray
#17. Guizado – Calavera
Superar o brilhantismo de Punx, o primeiro disco do trompetista Guilherme Mendonça através do projeto Guizado é uma tarefa complicada mesmo para seu gestor. Para o segundo disco o músico se rodeou de amigos como Curumin, Karina Buhr, Céu, Régis Damasceno e Rian Baptista (ambos do Cidadão Instigado), além de soltar a voz em boa parte das faixas que compõem Calavera.
O clima jazzístico e experimental do álbum anterior ainda se faz presente, contudo esse segundo disco pende muito mais para o rock. O uso aprofundado de guitarras e bateria além dos tradicionais solos de trompete mostra um Guizado menos intimista e muito mais direto em sua sonoridade. Programações eletrônicas e o uso de efeitos digitais contribuem ainda mais para o desenvolvimento da musicalidade climática e urbana do disco.
Jazz/Experimental/Instrumental
http://www.myspace.com/guizado
Ouça: A Emanação Dos Sonhos
#16. Maquinado – Mundialmente Anônimo: O Magnético Sangramento da Existência
Em seu segundo disco solo o também guitarrista da Nação Zumbi, Lúcio Maia a.k.a. Maquinado nos entrega um disco imerso em suas tradicionais guitarras repleto de efeitos eletrônicos e psicodelia. Comparado ao trabalho anterior – O Homem Binário (2007) – Mundialmente Anônimo se mostra muito mais orgânico dando espaço ao músico se afunde em experimentalismos.
O álbum conta com duas releituras no melhor estilo Maquinado. A primeira você recebe logo de cara com a faixa Zumbi de Jorge Bem Jor. A outra é Super Homem Plus, dos conterrâneos do Mundo Livre S/A repleta de ruídos e efeitos fazendo com que a faixa pareça fruto original de Maia. O músico chama ainda Lurdez da Luz (Mamelo Sound System) para emprestar os vocais na suingada Tropeços Tropicais, um dos melhores momentos do álbum. O acerto também está nas faixas em que o músico solta sua voz como Pode Dormir e Bem Vinda ao Inferno. Um disco intenso e dançante no melhor estilo Lúcio Maia.
Psychedelic/Experimental/Alternative
http://www.myspace.com/maquinado
Ouça: Tropeços Tropicais
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.
Jornalista, criador do Música Instantânea e integrante do podcast Vamos Falar Sobre Música. Já passou por diferentes publicações de Editora Abril, foi editor de Cultura e Entretenimento no Huffington Post Brasil, colaborou com a Folha de S. Paulo e trabalhou com Brand Experience e Creative Copywriter em marcas como Itaú e QuintoAndar. Pai do Pudim, “ataca de DJ” nas horas vagas e adora ganhar discos de vinil de presente.